day 2, or 3.

Hoje fui almoçar com as minhas girls, como sempre fazemos, e encontrei por acaso uma rapariga que conheço.

Ela nunca me inspirou confiança e, admito, nunca gostei muito dela.

É uma pessoa muito perturbada, sombria e maníaca.

Durante todos estes meses, nunca uma frase acertada da boca dela ouvi.

Pronto, reconheço que uma vez ouvi, hoje.

Estava eu sentada num canto, o maço de tabaco* e as minhas tralhas todas espalhadas em cima da mesa e suspirei.

Estava sozinha naquele momento, eu nunca estou sozinha, pelo menos no que toca à parte física, porque de resto sinto-me sempre sozinha.

Bem, isto está a ficar demasiado vago e longo (...) mas esperem só mais um bocadinho.

Reparei que estava mesmo só, por minha conta.

Por uns segundos vi que havia "vida" há minha volta, reparei também, que as pessoas conseguem ser muitos más e, a maioria olha para mim com olhos de pena e de reprovação.

E essa rapariga, aquela que eu nunca gostei... vocês sabem...disse-me: " Eu sei o que isso é. Isso de estar sozinha pode acontecer a qualquer pessoa, quando crescemos reparamos que a qualquer segundo podemos ficar sozinhas... sem mais ninguém para nos amparar. Mas pronto, eu tenho o cigarro, é na boa!". 

E eu fiquei em silêncio.

Passaram 10 min e eu continuei em silêncio.

Desta eu não estava a espera...não foi anda demais, mas naquele momento teve um impacto enorme em "mim".

* eu não fumo, era da D.